quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O fim anunciado

Quando o vento te escapa por entre as mãos, quando este te sussurra ao ouvido palavras que não queres ouvir, o teu ser fugidio procura abrigo no meu coração.

Sempre que o destino se afigura perto, sempre que o amor dança dentro de nós como se o mundo fosse renascer, o teu ser fugidio foge para bem longe, onde o tempo e o espaço não mais existem.

Amanhã, quando a meio de um sonho a realidade e a magia se fundirem numa amálgama de sentimentos e sensações difíceis de compreender, quando procurares despertar e o teu corpo inerte não responder, irás chamar pelo meu nome.

Quando o amanhã chegar, quando eu estiver bem perto de ti mas o meu coração estiver onde o tempo e o espaço não mais existem, quando eu procurar despertar-te e me faltarem as forças, o sol terá nascido com a mesma energia, a chuva cairá com a mesma cadência, o mar guardará os mesmos segredos.

Nesse momento, o fim anunciado marcará o princípio de uma nova era.


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