
Terá sido há bem pouco tempo que, silenciosamente, a nossa amizade completou uma década. Quem sabe se, no momento em que a Terra terminava a sua décima volta em torno do Sol, contadas desde o momento em que nos conhecemos, não estaríamos em amena cavaqueira num qualquer local que nos seja familiar, brindando à nossa amizade?
Mas o que procuramos nós, afinal, num amigo? Empatia, honestidade, lealdade, confiança, altruísmo? Será tudo isto, mas ainda muito mais. Sou levado a crer que, num amigo, procuramos algo muito semelhante a um espelho de nós mesmos. Desta forma, não existe uma fórmula mágica para uma amizade especial: em primeiro lugar, teremos que gostar de nós próprios. Contrariando esta premissa, seremos impelidos a não gostar da imagem reflectida no espelho, o que dificultará a tarefa de termos alguns verdadeiros amigos.
E, em suma, é isso mesmo que tu és: um inestimável e verdadeiro amigo! Alguém que, apesar do interregno conhecido, nunca deixou de estar presente. Alguém que, na realidade, considero um irmão de sangue, tais são os princípios, valores e sonhos partilhados.
Que a nossa amizade seja sempre tão forte como a mais antiga das árvores deste mundo. Que resista às intempéries que possam surgir, quaisquer que sejam elas. Que contribua, com a sua quota-parte, para a sólida união existente no nosso núcleo duro de amigos.
Um bem haja à nossa amizade. Que esta seja eterna!