quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Na magia de um moinho


Neva lá fora… o frio, esse, reina no mundo exterior.

No interior do moinho, assim como no interior do seu coração, sente-se um calor apaixonado, capaz de derreter a neve que irrompe da escuridão do imenso céu. Cai a noite.

Ela espreita lá fora, enquanto sussurra junto à janela: “Tenho saudades tuas…”.

Ele, sentado no primeiro degrau da escada em caracol, olha na direcção da janela. Não a consegue ver.

Os seus espíritos, hoje separados pela linha invisível que separa a vida da morte, anseiam pelo momento em que se poderão voltar a abraçar, e a tornar um só.

Ela chora. Chora um choro sem fim, acabando por se afogar nas suas próprias lágrimas…

No cimo de um monte, num moinho envolto de magia, duas almas, outrora gémeas, gémeas novamente, unem-se num abraço eterno e verdadeiro…


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