quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Perfectus

O mundo funciona quando gostamos uns dos outros. Mas também funciona quando os sentimentos são substituídos por artimanhas, jogadas, estratagemas. Funciona quando imprimimos amor àquilo que criamos, mas também funciona quando somos apenas marionetas no meio de virtuosos espectáculos de hipocrisia.

Não consigo conceber um conceito para "mundo perfeito". Talvez seja uma tarefa utópica, quiçá paradoxal, ou então apenas fora do alcance da minha modesta compreensão. Bem, talvez seja algo realmente inatingível.

Poderá o meu bem-estar e felicidade condicionar, de alguma forma, o bem-estar e felicidade dos outros? Certamente. Não será necessário enunciar exemplos sobejamente conhecidos para consubstanciar tal raciocínio. E é assim que o meu conceito de "mundo perfeito", aquele que eu não consigo conceber, cai por terra. Simplesmente porque, um "mundo perfeito", não existe: é irrealizável, é inconcretizável.

Como resultado desta breve reflexão, o meu ateísmo fica ligeiramente abalado. Afinal, o nosso "mundo imperfeito" poderá mesmo ter sido criado pelo deus de todos nós, aquele que, para alguns, é o "deus perfeito". Já o contrário... bem, o contrário não teria sido possível.

Porquê? Deixo ao vosso critério.


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