Da mesma forma que beber não é compatível com a condução (é fácil de entender porquê), fumar não combina nada bem com a prática de desporto.
Tenho amigos que fumam, naturalmente. Uns até, já crescidos, fumam às escondidas (e isto lembra-me sempre a história do meu cão que, ainda antes de alguém se aperceber da asneira que fez, denuncia a mesma através das orelhas caídas e do ingénuo semblante de culpa).
No entanto, de entre aqueles que fumam, apenas alguns me perturbam o espírito. Refiro-me àqueles que, por hipótese, fumam ene cigarros por dia, correm outros tantos quilómetros por semana, e ainda vão levantar uns pesos ao ginásio (missão cumprida?). Meus amigos, eu pergunto-me: porquê?
Sempre me deixei entusiasmar por paradoxos, o que me traz à memória outra história. A história do homem mais sortudo do mundo, que todos os dias acordava feliz e que, no mesmo instante, dizia para si mesmo: "Eu adoro viver!". Só que acontece que o homem tinha um estranho costume: todos os dias pegava no seu revólver, cujo tambor guardava apenas uma munição, rodava este último como quem roda uma roleta e premia o gatilho com a mesma descontração de quem se espreguiça pela manhã.
Um dia, teve azar.
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