Não sei o que sentirá quem se vê forçado a contemplar o nosso mundo de longe, que tipo de saudade lhe correrá nas veias e irromperá do coração, privado de tudo aquilo que conhecemos.
A solidão profunda é uma força impetuosa e devastadora, que nos corrói por dentro até ao âmago do nosso ser, que nos descaracteriza e nos torna num estranho aos nossos olhos quando miramos a nossa imagem refletida num qualquer mar de profunda tristeza.
Por isso choro, sim, quando viajo para bem longe daqui e te vejo prostrada à beira-mar, perdida por entre pensamentos que, de forma veemente, buscam a distorção da realidade num sonho que já não volta, um sonho malogrado num abismo despojado de quaisquer emoções ou desejos.
Choro por ti de cada vez que viajo ao passado, antes ainda de te conhecer, e te encontro solitária, sem chão, entregue a pensamentos que, de modo fugaz, procuram uma explicação para aquilo que não é justo, aquilo que nem mil anos de reflexão ajudariam a entender.
Somos mais felizes quando nos entregamos à natureza, ao sabor do vento que desfolha as árvores, à brisa ligeira que sopra do mar, ao imenso céu que todos os dias nasce com uma nova esperança.
Não é por mais que eu escolhi entregar-me a ti.
A ti.
Somos mais felizes quando nos entregamos à natureza, ao sabor do vento que desfolha as árvores, à brisa ligeira que sopra do mar, ao imenso céu que todos os dias nasce com uma nova esperança.
Não é por mais que eu escolhi entregar-me a ti.
A ti.
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