quinta-feira, 22 de maio de 2014

À sua imagem

daqui.
Seria mais fácil se pudéssemos suspender o tempo? Será que eliminar o medo catatónico que nos persegue faria de nós pessoas mais felizes?

E com o tempo suspenso, será que haveria lugar à génese de alguma coisa? Seria possível falar com deus, pelo menos uma vez na vida, prometendo-lhe que tal conversa nunca seria transmitida a ninguém? Dirigir-lhe algumas questões que nos intrigam (a alguns, pelo menos), sem com isso pretender questionar a sua omnipotência?

Perguntar-lhe porque razão já morreram mais de cento e cinquenta mil pessoas vítimas da guerra civil Síria, das quais um terço civis?

Perguntar-lhe, também, a razão pela qual há um sem fim de milhões de pessoas escravizadas todos os dias?

Ou perguntar-lhe, por exemplo, qual a explicação para o facto de um sexto da população do nosso mundo passar fome?

Que não haja dúvidas, tudo nesta vida é relativo. Enquanto uns procuram, simplesmente, sobreviver, outros procuram, na infelicidade e infortúnio dos outros, encontrar a sua razão de viver.

Se deus nos fez à sua imagem, por favor... que me deixe passar a eternidade no inferno. Quem sabe, talvez não seja assim tão mau.

Mas, agora penso: tendo deus o dom da ubiquidade, significa isso que também está... no inferno?


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