Talvez por ter sonhado com um passado que nunca foi meu, um
passado sobre o qual não tenho quaisquer memórias, mas apenas mal distintas
sensações.
Abraças-me, ternamente, ao sentires a minha melancolia
madrugadora. O sonho, esse, que por largos minutos tentou, a todo o custo,
perpetuar-se na realidade, perdeu força e desvaneceu-se como um inusitado
nevoeiro que procura enfrentar o resplendor do sol.
De mão dada, voltamos a adormecer. Regressados ao mundo dos sonhos,
reencontramo-nos num labirinto formado por uma densa vegetação, cujos caminhos
apresentavam um sem número de curiosas fotografias. Se inicialmente pensámos
que o intuito das imagens seria indicar-nos o caminho para a saída do extenso
dédalo, no instante seguinte percebemos que não poderíamos estar mais
enganados.
Era o nosso futuro, fragmentado em momentos de uma
felicidade entusiasmante, que se encontrava diante dos nossos olhos.
Se procurámos gravar as imagens na nossa memória? Não, claro
que não.
Despertámos felizes, e com uma vontade imensa de caminhar,
juntos, em direção ao nosso destino. Aquele que tão bem conhecemos, dos sonhos
vividos a dois...
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