segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pequena mancha trigueira


Parecia o Jardim do Éden, mas não o era. Não havia frutos proibidos, muito menos serpentes.

O lugar era um misto de pureza, leveza, imaculabilidade. Caminhavas a meu lado, abanando a tua cauda de um lado para o outro.

Pequeno ser de quatro patas, não passas de uma mancha negra neste quadro de cores e arco-íris. Sobranceria menosprezadora a minha, é claro que és mais do que uma pequena mancha trigueira.

És vida, és felicidade, és contentamento, és alegria, és amizade! Tens a alma de um cachorro, corres pelo campo como se corresses atrás da vida.

Pouco interessa quem te abandonou…

Hoje, estás connosco!


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