Sónia Guerreiro |
Em momentos de aflição como este, o tempo abranda, enfraquece, perde o seu propósito. Tenta voltar atrás, mas não lhe é permitido.
O oxigénio escasseia. Não chega para dar vida ao sangue que, assustado, procura dar força e algum alento a um coração perdido por entre desilusões inesperadas em momentos de aparente felicidade.
E estás sozinha. Sozinha. Porque de cada vez que morremos, apenas nos temos a nós, a mais ninguém. E não são poucas as vezes que morremos nesta vida.
O mar que te envolve, o mar que te persegue, não é mais que um mar de lágrimas por chorar.
Permite-te morrer uma última vez. A vida que começar amanhã, será a melhor das vidas que já viveste.
Sem comentários:
Enviar um comentário