segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Amor

Li, outrora, que o amor não se vê. Que apenas se sente, como a brisa do mar que nunca abandona a sua praia.

Mas o amor vê-se, sim. Vejo-o bem desenhado no teu olhar, no teu sorriso, no ar que respiras.

Impossível será descrevê-lo por palavras, embora tão presente e tão próximo como a nossa própria sombra, como parte de nós.

A noite cai, a sombra some e o amor fica. Porque o amor não conhece o tempo.

Alegre, ameno, mesmo em dias de tempestade. Para o amor, talvez seja sempre primavera.

Será visível a aura que nos rodeia, aquela que consigo leva o amor que mostramos ao mundo?

Nasce o sol, e com ele despertam esperanças sem par.

Até onde chegará o nosso amor?


domingo, 11 de agosto de 2013

Sonhos

Despertei cedo,  invadido por uma nostalgia que não me pertence.
Talvez por ter sonhado com um passado que nunca foi meu, um passado sobre o qual não tenho quaisquer memórias, mas apenas mal distintas sensações.

Abraças-me, ternamente, ao sentires a minha melancolia madrugadora. O sonho, esse, que por largos minutos tentou, a todo o custo, perpetuar-se na realidade, perdeu força e desvaneceu-se como um inusitado nevoeiro que procura enfrentar o resplendor do sol.

De mão dada, voltamos a adormecer.  Regressados ao mundo dos sonhos, reencontramo-nos num labirinto formado por uma densa vegetação, cujos caminhos apresentavam um sem número de curiosas fotografias. Se inicialmente pensámos que o intuito das imagens seria indicar-nos o caminho para a saída do extenso dédalo, no instante seguinte percebemos que não poderíamos estar mais enganados.

Era o nosso futuro, fragmentado em momentos de uma felicidade entusiasmante, que se encontrava diante dos nossos olhos.

Se procurámos gravar as imagens na nossa memória? Não, claro que não.


Despertámos felizes, e com uma vontade imensa de caminhar, juntos, em direção ao nosso destino. Aquele que tão bem conhecemos, dos sonhos vividos a dois...