Li, outrora, que o amor não se vê. Que apenas se sente, como a brisa do mar que nunca abandona a sua praia.
Mas o amor vê-se, sim. Vejo-o bem desenhado no teu olhar, no teu sorriso, no ar que respiras.
Impossível será descrevê-lo por palavras, embora tão presente e tão próximo como a nossa própria sombra, como parte de nós.
A noite cai, a sombra some e o amor fica. Porque o amor não conhece o tempo.
Alegre, ameno, mesmo em dias de tempestade. Para o amor, talvez seja sempre primavera.
Será visível a aura que nos rodeia, aquela que consigo leva o amor que mostramos ao mundo?
Nasce o sol, e com ele despertam esperanças sem par.
Até onde chegará o nosso amor?
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
Sonhos
Talvez por ter sonhado com um passado que nunca foi meu, um
passado sobre o qual não tenho quaisquer memórias, mas apenas mal distintas
sensações.
Abraças-me, ternamente, ao sentires a minha melancolia
madrugadora. O sonho, esse, que por largos minutos tentou, a todo o custo,
perpetuar-se na realidade, perdeu força e desvaneceu-se como um inusitado
nevoeiro que procura enfrentar o resplendor do sol.
De mão dada, voltamos a adormecer. Regressados ao mundo dos sonhos,
reencontramo-nos num labirinto formado por uma densa vegetação, cujos caminhos
apresentavam um sem número de curiosas fotografias. Se inicialmente pensámos
que o intuito das imagens seria indicar-nos o caminho para a saída do extenso
dédalo, no instante seguinte percebemos que não poderíamos estar mais
enganados.
Era o nosso futuro, fragmentado em momentos de uma
felicidade entusiasmante, que se encontrava diante dos nossos olhos.
Se procurámos gravar as imagens na nossa memória? Não, claro
que não.
Despertámos felizes, e com uma vontade imensa de caminhar,
juntos, em direção ao nosso destino. Aquele que tão bem conhecemos, dos sonhos
vividos a dois...
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