quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vamos dançar?


O chão é feito de mosaicos pretos e brancos, qual tabuleiro de xadrez. Não sei se, neste jogo, interpretas o papel de Rainha, mas eu não passo de um mero Peão.

O teu longo vestido arrasta-se pela superfície fria sob os teus pés, agitando-se perante uma leve brisa de essência romântica. Majestosa, vais desfilando com aprumo, caminhando de forma inabalável na minha direcção.

Vacilante é como me sinto, e, ainda assim, não consigo desviar o meu olhar do teu. Deixas que os teus lábios se expandam, dando lugar ao sorriso mais fascinante que alguma vez contemplei.

O tempo, esse, não abranda. Ao invés disso, acelera estonteantemente. Numa fracção de segundos, a tua mão já segura na minha, apelando a um convite que fez disparar o meu tímido coração.

“Vamos dançar?”, perguntas-me. Devolvo-te o mesmo sorriso apaixonado, enquanto os nossos corpos se movem perante a música cantada pelos nossos corações.

O tempo, esse, pára só para nos ver dançar. Hipnotizado pela sintonia dos nossos movimentos, deixa em suspenso todo o Universo circundante, colocando-nos no centro deste.

Os meus lábios tocam na pele suave do teu pescoço, enquanto me sussuras ao ouvido: “Amo-te”.

Esta dança será eterna.


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