Se as palavras que escrevo forem eternas, talvez um dia cheguem até ti.
A ti, que te encontras no outro lado do universo, à espera de um sinal meu. Longe estás, à distância de um pensamento, porém.
Procuras mostrar-me o futuro, numa ânsia sôfrega que me anestesia o coração. As tuas lágrimas, recebo-as caídas do céu em forma de cristal, lágrimas que abraço com nostalgia, lágrimas que chorei contigo num passado distante.
O outono surgiu sorumbático, carregando uma melancolia que não nos é estranha, que nos impregna o espírito com angústia.
O nosso mundo, no qual o tempo nunca pára, encontra-se em constante mutação. Talvez um dia, quiçá por magia, as minhas palavras cheguem até ti.
Neste momento, resta-me a esperança de perpetuar na tua memória aquilo que fomos um dia, através de um sorriso que só tu conheces.
Olha para mim. Estou aqui.